quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Novos ventos e a liberdade


Um ponto importante: ir, sobretudo em frente!

A necessidade de seguir em frente, romper padrões, faz toda a diferença para nós, essa é a verdade.
Sempre ouvimos que devemos lutar pelos nossos sonhos, porém até aonde, você deve ir por um sonho?
Existem coisas, que ultrapassam o limite básico de todo ser humano. Nessas horas, não será melhor desistir?
Pode ser de um emprego, uma amizade, um amor, uma esperança, algo que não traz, não trará bons frutos, nem tão cedo, ou talvez nunca.
Desistir de algo, pode ser fácil para aqueles que nunca perseguem seus objetivos, todavia, pode ser uma via crucis para aqueles que tem essa dificuldade, de desistir de seus projetos.
A questão é,  que tudo que trás um sofrimento excessivo, não pode ser benéfico, nem em pequeno, médio, muito menos a longo prazo.
Creio que o sofrimento nos torna mais fortes, assim como a felicidade, as vitórias entre outras boas sensações que devemos experenciar nessa vida.
Então, porque, nos deixamos levar pelos sentimentos diferentes e bagunçados, dúvidas, que nos assolam e nos impedem de tomar um posicionamento definitivo sobre algo?
Ego? Apego ao projeto/sonho/desejo ? Sentimento sobre o projeto/sonho/desejo?
O que nos impede de seguir em frente?
Quebrar a barreira de sofrimento que muitas vezes construímos, desnecessariamente!
É como se criássemos um desvio para o curso normal das coisas, insistir em algo que não pode dar frutos, é bater de frente com os obstáculos da vida.
Me lembra muito uma citação que escutei várias vezes quando mais jovem, e parece que constantemente fui me esquecendo dela, risos.
"Minha filha, mesmo que venham ventos contrários , um rio sempre segue sua direção, ele não muda seu percurso”
Ou seja, ainda que hajam desvios, a natureza do rio, é seguir seu curso, por mais obstáculos que existam no caminho. A água nunca bate de frente com o obstáculo, ela contorna todos eles, e segue seu curso.
Trocando em miúdos quer dizer, que não importa o esforço que você faça para se apegar a algo que não existe mais, se aquilo não tiver probabilidades de acontecer, a vida vai seguir o curso mesmo assim, e você só tem dois caminhos, ficar ali por mais tempo, deixar doer, sofrer, se magoar, ou apenas seguir em frente.
Seguir em frente é o passo mais lógico, mais bonito e digno que um ser humano pode tomar. E em geral é o último que ele toma quando se vê diante de um suposto fracasso.
A questão é, vivemos em sociedade, dependemos dos outros para relações de trabalho, relacionamentos, para cuidar da nossa saúde física e até mesmo psicológica, visto que não somos uma ilha!
Seremos afetados constantemente por outras pessoas, positivamente e negativamente também.
Sendo assim, como proceder? Continuar ou desistir?
Desistir parece o caminho mais fácil, sempre é tido assim. A escolha do fraco...
Porém o quanto mais de ilusões pode um ser humano ter e alimentar?
Até que ponto esperar chegar pra cortar o mal pela raiz? Não é melhor observar o jardim constantemente em buscas das ervas daninhas, do que esperar pelo florescer sem dar cabo delas? Sabendo que enquanto elas estiverem ali, nada irá florescer e ‘’vingar’’ por muito tempo?
Sendo assim, me vejo num dilema, que creio eu,  você , que me lê já esteve ou está também: desistimos de algo que não está dando certo  ou seguimos em frente em busca de outros sonhos e objetivos?
A resposta perfeita, sintética e verdadeira me veio através do Cazuza:
- Não desisti, apenas não insisto mais.
Ora bolas, não é a mesma coisa? Não mesmo! Quando insistimos em algo, cedo ou tarde esperamos um resultado, e isso dói, esperar os frutos de um trabalho que vai demorar meses para ser reconhecido, relações complicadas, amizades em stand by, tudo isso gera uma expectativa. E  é de conhecimento geral, que quanto maior a expectativa, maior a decepção!
Portanto, encaro que não insistir mais, não quer dizer, abandonar suas esperanças, é apenas não fazer delas o seu foco.
Quando a gente deixa de encarar uma determinada coisa como um problema, tiramos todo o foco dela, ela perde o sentido, o poder que ela tem, e se ela não tem mais poderes, porque nos não o conferimos mais, automaticamente perde o poder de nos ferir, e o que não nos fere, secretamente nos liberta. Cedo ou tarde, vamos enfrentar essa situação, então ao invés de deixar rolar, esperando, não insista, deixe de lado tudo que não trará resultados imediatos ou ao menos, num futuro próximo, não abandone o seu presente, pensando no futuro ou tentando voltar ao passado.
Não detemos poder sobre o futuro, tão pouco podemos reescrever o  passado, podemos apenas seguir em frente, sempre.
Sem deixar o barco correr, sem lutar contra a correnteza.
O melhor, a meu ver nesse momento, é saber lidar com términos, quebra de ciclos, e se eles não se fecham por conta própria, feche-os você!
Coloque um fim no que não te faz bem, rebobine tudo, siga por um outro caminho.
Não se condene a uma infelicidade por escolha. E todos nos temos escolha. Somos livres em essência.
Desapegue-se, não dos amigos, felicidades e tudo que lhe é benéfico, mas sim de tudo que lhe empaca, que te atrapalha ou pode vir a atrapalhar de seguir em frente.
Seja honesto com sigo mesmo, reveja seus critérios, prioridades, reconheça-se, valorize-se, lute por si, evolua.
A inércia é o maior crime que cometemos em nossa jornada, não aproveitamos nada, não fazemos uso de nada, e sofremos tanto.
Melhor nos livrarmos dos desvios que causamos para nos mesmos.
Nada melhor do que ser livre. Do que estar em liberdade com nos mesmos.
Eu hoje entendo isso, e vou lutar pela minha liberdade, mentalmente encaro assim: já estou lutando, em breve estarei livre, porque eu almejo a liberdade.
Do que você pretende se libertar hoje?
Beeijos, Jess
Inicio do mês de Outubro, creio que exatos  26 dias... rs

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